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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Novo primeiro-ministro japonês é otaku de carteirinha


Novo primeiro-ministro japonês é otaku de carteirinha


Desde a saída do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi, há dois anos, o Japão vive um período de pouca estabilidade política. O país nesse espaço de tempo trocou duas vezes de primeiro-ministro. Shinzo Abe foi aquele que assumiu o cargo de Koizumi, após o mandato deste expirar. Shinzo pregava mudanças drásticas no Japão, como o reativamento do exército e uma série de outras reformas de cunho nacionalista.

A sua política remontava ao passado militarista japonês, rendendo uma grande impopularidade ao seu governo. Shinzo rapidamente renunciaria e deixaria o cargo para Yasuo Fukuda, um político mais aos moldes tradicionais. A condução do país por Fukuda em nada se diferenciava da maioria dos políticos anteriores a Koizumi. Faltava nele uma figura de líder, que Koizumi sempre inspirava. Fukuda não desfrutava também de uma popularidade exemplar, renunciando ao cargo e dando espaço para Taro Aso assumir o governo.

O novo primeiro-ministro japonês se diferencia de todos os outros, mesmo de Koizumi, por possuir um hobby um tanto quanto peculiar. Quando foi ministro de Relações Exteriores do Japão durante o governo de Shinzo Abe, Taro criou o Prêmio Internacional do Mangá. Fora isso, sempre ressaltou a importância dos animes e mangás na divulgação da cultura japonesa pelo mundo. Ou seja, o novo líder pode ser encaixado na definição de otaku, e isso não somente por causa das suas atitudes políticas.

No seu lado pessoal, Taro Aso já confessou ser um grande fã de animes e mangás, lendo uma média de 10 a 20 mangás por semana, além de acompanhar as novidades em várias revistas do gênero. Um dos episódios mais conhecidos na sua particular vida otaku, aconteceu quando o atual primeiro-ministro foi flagrado lendo o mangá Rozen Maiden, um shoujo, naturalmente recomendado para o sexo feminino. O ocorrido lhe rendeu o apelido de "Rozen Aso". Entre os seus títulos favoritos, temos Nodame Cantabile, Rozen Maiden e Golgo 13. Obviamente, a ascensão de Taro no poder deve reanimar as finanças de muitos estúdios de animação, da mesma forma que ocorreu quando Shinzo havia renunciado e Taro já era cotado para assumir o cargo.

Na ocasião, as ações de várias produtoras, como o Gonzo e o Production I.G tiveram as suas ações valorizadas na bolsa da valores de Tóquio. Acredita-se também que o primeiro-ministro deva fortalecer as relações comerciais entre Brasil e Japão, em parte, por causa da sua relação amigável com o país, na qual viveu durante um ano em São Paulo. Além disso, ele ainda possui um primo no país, fala um pouco de português, é favorável a vinda de dekasseguis ao Japão e foi o presidente de honra da comissão japonesa das comemorações do Centenário de Imigração.

A popularidade de Aso no Japão também é alta, diferente de Shinzo e Fukuda. É dito que ele será o primeiro-ministro "mais divertido da história do Japão" e marcará o fim de um "Japão lento e sem brilho". Provavelmente Taro tem todo apoio dos otakus e não duvido que ele seja uma figura de inspiração para eles, afinal estamos falando de um otaku que ocupa a posição mais alta do país. Independente disso, o papel de Taro no governo não será fácil, pois terá que conduzir o Japão diante da inevitável e já presente crise econômica. Vamos ver o qual "poderosos" otakus podem ser.

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